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A FAPESP e a IBM Brasil formalizaram no fim de dezembro um acordo que resultará na formação de um novo Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE), um dos programas da Fundação para apoio à colaboração em pesquisa entre universidades, institutos e empresas.
 
Com o nome de Centro de Inteligência Artificial – área da computação que procura resolver problemas com maior rapidez e desenvoltura, de forma semelhante ao cérebro humano –, a primeira ação será lançar uma chamada de propostas na primeira semana de fevereiro para que grupos de pesquisadores em universidades e institutos de pesquisa possam apresentar projetos e, se aprovados, tornarem-se parceiros acadêmicos da IBM.
 
“Poderá ser um grupo de uma universidade ou instituto de pesquisa ou um consórcio de vários grupos dessas várias instituições não necessariamente na mesma cidade”, disse Luiz Nunes de Oliveira, coordenador adjunto da diretoria científica da FAPESP para Programas Especiais e Colaborações em Pesquisa.
 
“A intenção dos CPEs é fazer pesquisa fundamental e transformar o conhecimento para a empresa parceira ou para outras, além de ter uma função educativa”, disse Nunes de Oliveira. “A presença de uma empresa ligada ao meio universitário ou de um instituto de pesquisa faz com que apareçam novos tópicos de pesquisa, novos problemas que geram a necessidade de romper paradigmas e isso faz a ciência avançar.”
 
O tema inteligência artificial foi escolhido por ter relevância em todo o mundo. A IBM tem vários centros que trabalham com esse tema em diversos países. Também é intenção do novo CPE, com os resultados das pesquisas a serem realizadas, ajudar o processo de modernização da indústria brasileira dentro do novo conceito de manufatura avançada que está relacionado à inteligência artificial. A área de saúde é outra que pode se beneficiar, com a possibilidade de diagnósticos de doenças mais rápidos e precisos.
 
Os Centros de Pesquisa em Engenharia da FAPESP têm duração de cinco anos, que pode ser prorrogada por mais cinco anos. O centro com a IBM terá financiamento de US$ 1 milhão por ano, sendo US$ 500 mil da empresa e US$ 500 mil da FAPESP. Atualmente, estão formados ou em formação oito CPEs.
 
“As universidades e institutos de pesquisa que aderirem ao centro conferem um aumento nesse valor. Se considerarmos que a FAPESP investe R$ 1, a IBM mais R$ 1, as outras instituições entram com os laboratórios, professores, técnicos, administradores para gerir o centro, que representam o acréscimo de mais R$ 2 na contabilidade”, disse Nunes de Oliveira.

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