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Executivo avalia cenário atual e dá dicas aos novos empreendedores
 
 
A U-Start, boutique advisory para investidores europeus interessados em investir em startups digitais provenientes de mercados emergentes, realizou no dia 8 de fevereiro, seu primeiro evento no país: a U-Start Conference Brazil 2014. Neste encontro, quatro negócios brasileiros foram escolhidos para disputar com empresas da Itália, Suíça, Rússia e África do sul espaços no cenário internacional de empreendedorismo. Confira aqui as vencedoras da etapa brasileira.
 
O objetivo principal do evento é avaliar projetos digitais de startups, que estejam prontos para alavancar negócios, dentro e fora do País. A conferência global acontecerá nos dias 13 e 14 de maio, em Milão, na Itália.
 
Em entrevista exclusiva ao Portal ABES, Luiz Rinke, principal executivo da consultoria no Brasil, analisa o atual cenário das startups e dá dicas para quem quer seguir esse caminho e ter sucesso.
 
 
Quais os fatores que impulsionaram todo este movimento em torno das startups no Brasil e em outras regiões do mundo?
Toda essa atenção e visibilidade dada às startups, seja aqui no Brasil ou no exterior, vem da importância que a tecnologia recebe na vida das pessoas diariamente. O avanço da tecnologia propicia que problemas do dia-a-dia sejam resolvidos de novas e criativas maneiras através da utilização de smartphones, tablets, computadores. A penetração da internet e sua utilização nesses países propicia que cada vez mais novas startups sejam criadas. É o ímpeto empreendedor se misturando com a curiosidade tecnológica, criando, juntas, novas maneiras de interagir com o mundo.
 
Existem diferenças entre o perfil das startups brasileiras e as criadas na Europa ou Estados Unidos?
O que existe de diferente entre startups brasileiras e estrangeiras é o nível de conhecimento e especialização do empreendedor. Cada uma dessas startups foca (ou deveria focar) na solução de problemas locais, vividos no dia-a-dia de sua população. É inegável o problema educacional que temos no Brasil, com escolas ruins, faculdades de qualidade duvidosa e falta de atenção governamental nesse sentido. Precisamos capacitar melhor os empreendedores brasileiros, dar a eles a possibilidade de alcançar o mesmo nível de americanos ou europeus.
 
Quais são as orientações para uma startup alcançar sucesso?
Uma startup começa a alcançar sucesso quando seu produto/serviço realmente se mostra útil, atingindo um problema específico e, hoje, o campo para isso no Brasil é enorme. Além disso, é necessário que o empreendedor conheça muito bem o mercado no qual está entrando e tenha o conhecimento necessário para tirar o projeto do papel. Uma boa ideia sem um time competente o suficiente para torná-la realidade vai continuar sendo sempre uma boa ideia. A startup precisa cercar-se dos parceiros corretos, estratégicos, para o crescimento da empresa, sendo eles mentores, investidores-anjo, gestores de venture capital, com conhecimento na área. O dinheiro por si só não é tão importante – o “smart money” traz muito mais benefícios à startup.
 
Existem diferentes fontes de recursos (seed capital, private equity, venture capital, finep, BNDES, etc). Como saber o que é melhor para uma startup?
Tudo depende do estágio no qual a empresa se encontra. Dinheiro vindo de familiares, amigos ou entusiastas é mais em linha com uma ideia num primeiro estágio, que precisa de um capital inicial para sair do papel. Não espere receber investimento de um private equity nesse estágio. À medida que a empresa cresce, entram os investidores-anjo (seed capital), seguidos de rodadas de Venture Capital (Series A, B). Investimentos vindos de Finep, BNDES ou private equity estão muito acima do alcance de uma startup.
 
Fale um pouco mais sobre os objetivos da U-Start Conference em nível mundial. Em quais países mais ela ocorre? Como será a etapa global da U-Start Conference, em Milão (Itália), em maio?
A U-Start Conference é a conferência anual realizada pela U-Start, de modo a reunir todo o seu network internacional de investidores e empreendedores em Milão. No ano de 2014, temos quatro conferências satélites programadas, em São Paulo, Cape Town, Moscou e Lugano, selecionando as quatro melhores startups de cada um desses países para a etapa internacional em Milão, no mês de maio. A etapa global será composta de painéis sobre cada um dos mercados onde a U-Start opera (África do Sul, Rússia, Brasil, Chile, Itália e Turquia), com palestrantes de renome internacional no setor e uma competição internacional de startups, que dará ao seu vencedor um equity commitment. A ideia é que uma vez ao ano, todo o network global da U-Start possa se reunir para dias de intenso networking, troca de conhecimentos e experiências. Esse, alias, é o que acreditamos ser o maior valor que a U-Start oferece com suas conferências locais e internacionais. Todas as conferências satélites, como aconteceu no Brasil, terão a presença de investidores estrangeiros convidados.
 
Você gostaria de destacar outras informações sobre a U-Start? 
A U-Start é uma consultoria boutique para investidores europeus interessados em investir em empresas digitais provenientes de mercados emergentes. Através de seus times locais, a U-Start é capaz de se aliar aos principais players desses mercados e identificar, de acordo com o portfolio e especificidade de cada investidor, a melhor oportunidade de investimento, auxiliando-o em todas as fases de negociação e fechamento do deal. Presente hoje em 7 países (África do Sul, Rússia, Brasil, Chile, Turquia, Itália e Suíça), a U-Start presta serviços a aproximadamente 120 clientes europeus (family offices, venture capitalists, corporate ventures), todos interessados em diversificar seus investimentos nesses países. Além disso, dado o network que a U-Start cria em cada um desses países, é possível auxiliar empresas a escalar seus negócios a qualquer desses 7 países, através da identificação dos parceiros estratégicos ideais e possíveis investidores.

 

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