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O primeiro semestre de 2015 foi um período de desafio e redução de receita para a maioria das empresas no Brasil. Apesar das dificuldades estruturais do país, a iFractal, pioneira no Brasil em desenvolvimento de sistemas em nuvem para controle de ponto eletrônico, registrou um crescimento superior a 26% nos resultados comparado ao período equivalente do ano passado. Ainda no início deste segundo semestre, a iFractal já destaca uma projeção de crescimento ainda mais positiva e expressiva até o final do ano. 
 
Fundada em 2004, a iFractal  também desenvolve sistemas para gestão de empresas e envio de grandes quantidades de documentos digitais via e-mail e SMS. A empresa investe constantemente em aperfeiçoamento de sistemas, tendo criado o SIIN (Serviço de Integração Inteligente nas Nuvens), que reúne ferramentas estratégicas, as quais garantem um alto nível de segurança, agilidade, atualização, suporte e estabilidade durante todo o processo de utilização dos sistemas.  Confira entrevista com os sócios-fundadores Marcelo Germano de Oliveira, Felipe Peressoni Waltrick, e Arthur Schwengber.
 
Podem nos contar como surgiu a ideia de criar a iFractal?
A ideia surgiu de Felipe, Marcelo e Arthur durante um curso de sistemas da informação. Em meio ao cenário de avanço tecnológico e o acesso a pesquisas sobre a ausência de softwares nas companhias, identificamos a oportunidade de fundar uma empresa. Em 2004, a iFractal foi criada e passou a ser a primeira empresa a desenvolver soluções para Recursos Humanos em ambiente GNU/Linux. As primeiras soluções foram o ifPDV, sistema para ponto de venda para varejo, e o ifPonto, solução para a gestão de registros de ponto.
 
Quais são os principais softwares do portfólio da empresa atualmente?
Atualmente, os principais softwares são ifPonto e ifAcesso, soluções para gerenciamento online de pessoas dentro de empresas públicas ou privadas, e o ifClick, software para digitalização e entrega de documentos por meios eletrônicos.
 
Por que decidiram atuar com desenvolvimento de programas baseados em Open Source?
Decidimos atuar com desenvolvimento de softwares Open Source, porque somos convictos da versatilidade, segurança e liberdade que eles oferecem aos nossos clientes e para nós.
 
Desde quando começaram a atuar por meio de sistemas de negócios na nuvem?
Desde o princípio as soluções foram desenvolvidas para funcionar totalmente na Internet e, a partir de 2010, começamos a operar, efetivamente, no modelo Cloud.
 
Quais foram os principais obstáculos superados ou os que ainda existem juntos às empresas?
Temos alguns obstáculos comuns de se abrir uma empresa no Brasil, que variam desde a complexidade contábil até as dificuldades de se conseguir recursos financeiros para investir no negócio. Mas, desde o início, um dos principais desafios sempre foi o de apresentar aos clientes, todas as vantagens dos sistemas no modelo Cloud em relação às opções de instalação local. Outra barreira para o crescimento da empresa nesse modelo foi superar a inferioridade em que o brasileiro se posiciona, voluntariamente, frente ao resto do mundo e mostrar ao mercado que o software nacional tem todas as condições de competir e, até mesmo, ser superior e mais funcional.
 
Como avaliam a evolução da Cloud Computing no Brasil e no mundo?
Avaliamos o modelo Cloud Computing como um caminho sem volta. A popularização do acesso à internet e o advento dos dispositivos móveis (smartphones, tablets e semelhantes) solidificam cada vez mais o cenário perfeito para a evolução do modelo, embora esse conceito já seja usado desde o início da Internet. Um exemplo antigo é o correio eletrônico baseado na Web, como Gmail e Yahoo, que utilizam a computação em nuvem e já são aplicados desde o início da Internet. Já o Google Apps, Amazon e Netflix são alguns exemplos atuais de serviços que incorporam claramente o conceito de Cloud Computing.
 
A atuação dos hackers pode afetar a expansão da Cloud Computing?
Primeiramente, é necessário esclarecer o significado de hacker. Em sua origem, os hackers, diferente de como costumam ser conhecidos e tratados pela mídia, são pessoas de elevado conhecimento técnico com princípios éticos, defensores da cooperação e do compartilhamento do conhecimento através da liberdade da informação. Ao contrário dos crackers, os hackers não são criminosos digitais e de forma nenhuma podem afetar a expansão. Como já citado na questão anterior, o modelo Cloud é um caminho sem volta. Apesar dos dados estarem na Internet e acessíveis de qualquer lugar, ele é mais seguro do que o modelo antigo onde os softwares eram instalados nas empresas.
 
A iFractal mantém alguma parceria com institutos de pesquisa externos ou nas universidades? Utilizou o apoio de alguma fundação do governo, como Finep ou BNDES?
Esse foi um dos primeiros obstáculos. No início, procuramos algumas universidades para incubar a empresa, entretanto, as vagas eram restritas apenas as pessoas da instituição. Quanto ao Finep e BNDES, não tínhamos as garantias exigidas, assim como a maioria das startups não têm.
 
A empresa já exportou algum dos seus produtos ou tem planos de entrar no mercado internacional?
Como o modelo Cloud já está disponível para empresas de qualquer parte do mundo, a facilidade para entrar e expandir nossas soluções em mercados externos é apenas uma questão de tempo. Atualmente, temos projetos ativos na Argentina e nos Estados Unidos.

 

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