Compartilhe

Andrei Gutierrez, Alberto Almeida, Jean Castro, Francisco Camargo, Leonardo Barreto e Jorge Sukarie

Os rumos do País com a definição da eleição presidencial de 2018 é, sem dúvida, um dos temas mais presentes e relevantes no momento, depois da confirmação do segundo turno disputado por Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
 
Por isso, a segunda edição do ABES DIGITAL COFFEE, realizada no dia 16 de outubro de 2018, no Hotel Bourbon Convention Ibirapuera, debateu o atual cenário eleitoral e o que o setor de software pode esperar a partir de 2019, com a participação de três especialistas e pesquisadores.
 
 Leonardo Barreto, Jean Castro e Alberto Almeida
 
Alberto Almeida, cientista político, autor do livro “O voto do brasileiro” e diretor do Instituto BRASILIS, considera que os analistas em geral subestimaram o fenômeno Bolsonaro e que ele encarnou o principal desejo dos eleitores brasileiros de suprimir, tanto do poder Executivo quanto do Legislativo, os políticos “medalhões” e os envolvidos com denúncias de corrupção – um voto antisistema. Entretanto, ele destacou que qualquer que seja o futuro presidente, ele terá de lidar com a ausência de lideranças no Congresso, pois tem muita gente nova e líderes que não foram reeleitos; a fragmentação partidária, pois só no Senado foram eleitos representantes de 21 partidos; e com o custo de aprendizagem, referindo-se ao tempo que os novos parlamentares levarão para entender os processos e funcionamento do Legislativo.         
 
Leonardo Barreto, doutor em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB), com especialização em comportamento eleitoral e instituições governamentais, endossou a análise de Almeida e explicou que os resultados nas urnas, no caso de se confirmar a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), representa uma “autodefesa da sociedade” contra a crise política, mas que ainda existem dúvidas de como será um possível governo, pois ao redor do líder nas pesquisas de intenção de voto gravitam três núcleos de influência: o familiar, representado pelos filhos; o de Paulo Guedes e equipe econômica; e os militares. que ajudam a elaborar seu programa. 
 
Em sua apresentação, Jean Castro, sócio-fundador da Vector Relações Governamentais, destacou que o futuro ocupante do posto de Presidente da República não poderá descuidar das ações de inclusão social e que os eleitores romperam com o antigo jeito de fazer política. Entretanto, ele lembrou a importância de o novo governo conduzir, ainda no primeiro semestre de 2019, as medidas para redução do déficit fiscal e as reformas, principalmente a da Previdência, com o apoio do Congresso Nacional.
 

Jean Castro, Leonardo Barreto e Alberto Almeida

acesso rápido

pt_BRPT