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O desenvolvimento do agronegócio inteligente é o foco principal do acordo que acaba de ser assinado entre o CPqD e o Agropolo Campinas-Brasil. Criado em junho de 2015, o Agropolo é uma plataforma interinstitucional fundamentada no conceito de inovação colaborativa, que tem por objetivo articular esforços junto aos centros geradores de conhecimento (universidades e instituições de pesquisa), à iniciativa privada e aos governos visando o desenvolvimento da Bioeconomia na região de Campinas, nas áreas de agricultura, alimentos, saúde, biotecnologia, biodiversidade, bioenergia e química verde.
 
O acordo firmado com o CPqD – que passa a integrar o Agropolo Campinas-Brasil – é mais um passo importante dentro dessa iniciativa. A intenção é estimular e promover a inovação tecnológica na área de Bioeconomia, por meio da aplicação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) à agricultura, saúde, alimentos, bioenergia e química verde, visando o desenvolvimento sustentável. Entre as atividades previstas, destacam-se a organização de visitas regulares de delegações aos parceiros e o apoio à realização de projetos conjuntos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
 
“O agronegócio é um dos segmentos com grande potencial para obter resultados expressivos a partir da aplicação das TICs. A Internet das Coisas (IoT), por exemplo, poderá revolucionar esse setor, ao permitir atender às necessidades de aumento da produtividade no campo e viabilizar a agricultura de precisão”, afirma Alberto Paradisi, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento do CPqD. Ele lembra que o agronegócio inteligente é um dos setores estratégicos de atuação do CPqD no cenário de Internet das Coisas.
 
Para Sérgio Augusto Morais Carbonell, diretor do Instituto Agronômico (IAC) e presidente da Secretaria Executiva do Agropolo, o Brasil é um grande player em commodities agrícolas, mas ainda tem muito o que desenvolver em valores agregados aos seus produtos. “Com uma população de mais de 200 milhões de pessoas, o país precisa de uma nova economia, um modelo econômico que nos permita explorar de forma sustentável nosso enorme potencial, oriundo da nossa abundância de terras férteis, de uma biodiversidade sem igual e da grande variedade de recursos humanos existente, cada vez mais qualificados. É isso que propõe a bioeconomia”, explica Carbonell.
 
Paradisi destaca ainda o foco em inovação aberta mantido pelo CPqD – por meio de diversas parcerias tecnológicas com universidades, empresas e outras instituições de pesquisa brasileiras e internacionais – como um dos motivadores do acordo de cooperação firmado com o Agropolo. Inspirado no Agropolis International, associação criada em 1986 na região de Montpellier, na França, o Agropolo Campinas-Brasil conta com a participação de instituições como o IAC, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), o Instituto Biológico e o Instituto de Zootecnia – todos ligados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo -, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a prefeitura de Campinas e a Associação Technopark. Conta também com a interveniência da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e do Consulado Geral da França em São Paulo. Além disso, a iniciativa brasileira mantém parceria com o Agropolis International e colaborações com outras instituições de referência da região de Campinas e de outros países – em especial dos Países Baixos e Alemanha, além da França.

 

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